(S-N)
costumava ser daquele tipo que cuida, ama, se entrega. Perdoa mil vezes. Não
guarda rancor, não consegue sentir ódio de nada. Pensa duas vezes antes de
agir, uma antes de falar, e nem uma sequer antes de sentir.
Mas parece
que eu já não conheço tão bem assim. Ela não pensou antes de me ignorar por
meses até que eu finalmente tivesse minhas merecidas férias e não tinha mais
nenhuma desculpa para tentar vê-la, já que somente a via no hospital. E bem...
Uma vez no cinema com Catherine e Danny.
Na minha primeira
semana de férias eu tive um surto de realidade: eu era pai. Fiquei extremamente
aborrecido e de certa forma, enojado. Me arrependo de tratar tratado (S-N) com
tanta brutalidade, ou ter falado daquela forma sobre Catherine, mas era a
verdade. Depois do surto, tentei de todas as formas falar com (S-N), cheguei a
marcar uma consulta com ela, que ao ver meu nome, imediatamente me passou para
Daniel.
E eu fui à
consulta com o idiota. Não foi fácil ouvir ele, por uma hora, me dizendo o quão
covarde eu estava sendo ao reagir daquela forma, mas serviu pra me fazer pensar
em como eu estava agindo. Mais ainda, me deixou curioso.
E é pela
curiosidade que eu estou aqui, em frente à escola de Catherine vendo a garota
sendo arrastada com seu guarda-chuva pelo vento, a chuva estava agressiva e o
clima extremamente frio. Algo dentro de mim rugiu o quão irresponsável seria
deixar a garota ali sabendo que (S-N) se esqueceu dela.
Dei uma
volta no quarteirão deixando meu carro perto da garota. Abaixei meu vidro
chamando a sua atenção. Ela me ignorou primeiramente, mas então chamei seu
nome.
- Entre no
carro, vou te levar pra casa. – Eu disse quando ela se aproximou.
- Não posso
ir embora com estranhos.
- Mas eu não
sou estranho. Sou hm.... Amigo da sua mãe.
- Qual o seu
nome?
- Liam
Payne.
- Ela nunca
me falou sobre você...
- É que...
Bom eu trabalho com ela, eu conheço o Danny também.
- De
qualquer jeito, não posso ir com você. – Ela ficou me olhando de um jeito
estranho. – Eu te conheço de algum lugar. – Sussurrou.
- Então...
Mais uma prova que eu não sou estranho. Você pode ligar para a sua mãe e dizer
que está comigo. – Arrisquei. – Mas se continuar ai vai ficar doente.
A garota
suspirou várias vezes, ponderando a ideia. Olhou para o caminho do hospital e
mordeu os lábios, finalmente abrindo a porta do carro.
- Eu tenho
uma condição. – Exigiu. – Vou ligar para a minha mãe antes, só ai você pode
acelerar o carro.
Eu ri
assentindo (afinal eu não iria discutir com uma pessoa decidida como ela) e
esperando que ela fizesse a ligação. (S-N), como esperado, surtou. Pediu para
que Catherine passasse o celular para mim e me xingou de todos os nomes
possíveis até que eu conseguisse convencê-la de que eu não falaria nem faria
nada, estava apenas passando pelo colégio e vi a garota na chuva esperando pela
mãe que se esquecera de buscar ela.
Dirigi
totalmente desconfortável em direção ao hospital a pedido de (S-N), Catherine
me ignorava enquanto tentava enxergar algo através da janela.
- Então...
Você tem 10 anos? – Puxei assunto.
- Eu tenho
13. – Me olhou ofendida. – Sou quase uma adolescente.
- Ah, claro,
claro. – Ri. – Você quer colocar uma música? – Ela assentiu. – Olhe no porta
luvas, tem alguns CD’s ai.
Ela estava
entediada com os CD’s que eu tinha, dizia que ninguém mais ouvia The Beatles.
- Isso é uma
ofensa aos Beatles, Catherine! – Murmurei bem mais à vontade com a presença da
garota.
- Eu prefiro
coisas mais atuais, ué.
- Tipo o que?
- Tipo... Ed
sheeran. – Ela diz com os olhos brilhando.
- Quem é
esse?
- O Cantor
mais lindo e fofo que existe.
- Aposto que
não canta nada. – Brinquei.
- Isso sim é
uma ofensa.
Ficamos um
tempo em silêncio, ambos sorrindo largamente ou suspirando. Catherine era uma
garota legal e inteligente. Se não me repugnasse tal ato, eu até diria: estou orgulhoso.
- Então como
foi o dia na escola?
- Cansativo,
eu odeio matemática.
- Por que?
- Porque é
chato. Eu odeio números... Gosto de ler.
- Isso é
bom, leitura é um ótimo hábito.
- É... Se eu
te contar uma coisa, promete não contar para a mamãe?
- Claro,
pode falar.
- Eu tirei
nota baixa na prova de matemática. – Ela disse como se fosse um crime, me
fazendo rir baixo. – Eu só não sei o que fazer, não consigo estudar e por mais
que ela me ajude eu não consigo entender e a recuperação é amanhã. Eu planejava
ir pra casa e estudar enquanto ela não estivesse, mas agora vou ter que ir pro
hospital.
- Você pode
estudar lá...
- É, deve
ser... Você não está de jaleco. – Ela observou.
- Eu estou
de férias.
A conversa
foi interrompida quando chegamos ao hospital. Cath, como me pediu que a
chamasse, sentiu-se um tanto envergonhada por andar pela primeira vez no local
de trabalho da mãe. Levei-a até Lea que avisou (S-N) que ela havia chegado.
- Catherine,
filha. – Abraçou a garota molhada – Eu sinto muito, mesmo, me desculpe. Uma
paciente atrasou e eu não pude sair antes. Ai meu Deus, você vai ficar doente
amor.
Eu não sei
explicar exatamente, mas algo em como Cath revirava os olhos, ou como (S-N)
falou com ela, me deixou enjoado. E eu, finalmente, me perguntei ‘O que eu
penso que estou fazendo?’ Me afastei imediatamente, indo até o meu consultório.
Era ridículo
ter me aproximado de Catherine, minha opinião continua a mesma: ela fora um
erro. É errado ter filhos na adolescência. Eu não deveria querer contato com
ela. Estava prestes a sair do meu consultório, pronto para ir embora quando
ouvi batidas na porta.
- Entre. –
Respondi, me sentando de novo.
Para minha
surpresa, quando virei minha cadeira de couro preta vi (S-N) parada com as mãos
na frente do corpo.
- Obrigada
por buscar ela.
Me permiti
observa-la por alguns segundos, seus cabelos estavam mais curtos, o rosto mais
afinado. Ela estava alguns centímetros mais alta, o quadril mais largo e os
seios um pouco maiores. Ela estava linda, não há quem possa negar.
- De nada. –
Eu disse sério.
Ela apenas
assentiu, dando meia volta para sair do consultório. Antes que ela saísse eu
completei: - Não faça de novo. Não vou estar sempre à disposição para salvar sua filha.
Me preparei
para o grande escândalo que ela daria, mas ela apenas bateu a porta com força,
me deixando novamente sozinho, com um sorriso no rosto.
Comecei a
andar pelos corredores do hospital e vi Catherine sentada estudando na mesa ao
lado de Lea, me aproximei devagar e observei os livros de matemática espalhados
pela mesa. Percebi que os pacientes e Lea ao telefone a deixava irrita e
desconcentrada.
- Ei. –
Chamei baixo, encostando minha mão sobre seu ombro. – Conheço um lugar bem
melhor para se estudar, quer conhecer?
- Eu quero.
– Disse animada.
- Você deve
estar com fome, e ninguém se concentra assim não é? – Perguntei enquanto a
guiava. – Vamos comprar alguma coisa pra você comer primeiro.
Ela assentiu
educadamente e eu a levei até a lanchonete do hospital, lhe comprando um
sanduíche natural com um suco de laranja, já que ela mesma dizia que refrigerante não é nada
saudável, o que me deixou secretamente muito orgulhoso.
- Pronta
para estudar? – Ela assentiu, então seguimos para a minha sala.
Abri a porta
deixando que ela passasse à minha frente. Apesar das cores clara dentro, atrás
de uma cortina havia uma porta de corrida que levava em direção à uma varanda
florida com uma mesa de ferro.
Ela ficou
encantada dizendo que jamais pensava que um consultório médico pudesse ser tão
bonito. Passei um pano na mesa por conta da chuva que havia dado horas atrás e
nos sentamos. Começamos a estudar, eu não era muito bom em matemática, mas
lembrava algumas coisas, infelizmente começou a chover de novo e nos recolhemos
para a parte de dentro, aproveitei para dar a Cath um casaco, já que sua roupa
ainda estava meio molhada.
Pesquisamos
algumas coisas na internet e eu deixei que Catherine fizesse alguns exercícios
de equação do primeiro grau, depois corrigi. Repetimos o processo até que o
números de acertos dela fossem maiores que o de erros.
Brad, meu
melhor amigo, foi até a minha sala e nos ajudou com os estudos. Ela era o tipo
de garota que agradava todo mundo. Catherine era adorável, por falta de palavra
que a elogiasse mais. Era impossível não gostar de uma garota espontânea como
ela.
Enquanto
fazia os últimos exercícios encarei Cath. Eu realmente não gosto de pensar
sobre isso, mas a garota tinha muito a minha cara, os meus olhos e a minha
boca. O nariz, sem dúvidas, era da mãe. Mas eu me via na personalidade daquela
garota. (S-N) é estressada, perfeccionista e impaciente. Catherine e eu somos
totalmente opostos. Os cabelos dela eram lisos e esvoaçantes, meio claros.
Absolutamente linda.
Fomos
interrompidos por (S-N) brava batendo na porta. Sabia que ela não queria que eu
me aproximasse de Cath, mas eu não consegui evitar. Eu tentei, juro que tentei
não me aproximar da garota, não procura-la depois da conversa mais cedo com
(S-N), mas algo nessa garotinha simplesmente me atraia para perto.
- Temos que
ir Catherine. – Disse (S-N), que cumprimentou Brad com educação, mas sequer
olhou para mim.
- Como vou
mostrar minha nota pra você? – Cath sussurrou como se tivéssemos um segredo de Estado
em comum.
- Bem...
Você pode me ligar quando quiser.
Anotei meu
número em sua apostila e pisquei para ela. Me repreendendo imediatamente em
seguida.
- Cara, você
tá caidinho pela garota. –Disse Brad, rindo. Ele era o único que sabia sobre
meu parentesco com Cath.
- Não... Eu
não sei porque fiz isso. É que depois de ter me contado sobre a sua dificuldade
em matemática eu não queria deixa-la se frustrar... Isso é só...
- Seu
instinto paterno de proteção falando mais alto?
- É claro
que não Brad. Eu não tenho isso. – Revirei os olhos, me convencendo novamente
de que Catherine não tinha o menor efeito sobre mim. – E assim que (S-N) souber
do meu telefone, vai mandar Cath excluir, e nunca mais nos veremos. Pronto.
Naquela
mesma noite me revirei na cama pensando no que estava acontecendo comigo. Em um
mesmo mês eu havia descoberto que era pai, desabafado pro cara que eu mais
odeio, me aproximado da minha primeira namorada, e tido contato com a minha
filha, que por mais que eu não admita, era a garota mais linda e incrível que
eu já conheci. Não há como negar que (S-N) fez um ótimo trabalho sozinha.
Brad me
mandou uma mensagem, dizendo que iria para uma boate hoje e me perguntou se eu
queria ir. Às 23 horas eu estava parado em seu prédio.
No dia
seguinte fui acordado com o meu celular apitando às quatro horas da tarde.
Praguejei até a última geração de seja lá quem tinha me acordado. Praguejei
também o maldito barulho alto do celular que só piorava a minha ressaca.
Mas tudo se
aliviou quando vi a mensagem:
“Eu tirei
nove. Dá pra acreditar? A prova pareceu muito fácil. Eu não teria conseguido
sem você. Quer comemorar tomando sorvete? xX Cath”
Li e reli a
mensagem mais de três vezes, completamente orgulhoso de Catherine, mas é obvio
que eu não sairia com ela. Tudo o que eu senti no dia anterior voltou à minha
mente: eu não devo me aproximar. Não deixei (S-N) e Catherine estragarem minha
vida até agora, e não seria hoje que eu começaria a deixar.
Ignorei a
mensagem e apaguei. Joguei meu celular de lado, afundado meu rosto contra o
travesseiro, respirando fundo e me rendendo à acordar de vez e tomar um banho
quente.
Foi assim
por dias, Catherine me mandou outras duas mensagens me perguntando se havia
feito algo de errado e os meus motivos de não responde-la. Sua inocência chegou
a permitir que ela me perguntasse se eu não gostava mais dela. Eu fiquei louco
para responder que eu adorava ela. Mas eu não o fiz, ignorei e apaguei mais uma
vez a mensagem. Ela nunca mais me mandou mensagem alguma, talvez tivesse
percebido que eu não queria mais nenhum tipo de contato.
Passei todo
o meu mês de férias afastado de tudo o que pudesse me prejudicar. E quando
voltei, para a minha sorte, (S-N) havia entrado de férias. Mas no segundo dia,
aconteceu algo que eu não esperava. (S-N) entrou no meu consultório com cara de
sono, com o cabelo desorganizado e um Catherine extremamente pálida e sonolenta
no colo. Eu estava de plantão então era inevitável atender elas.
Meu coração
se apertou ao ver Cath tão pra baixo como estava. Ela estava de olhos abertos,
mas parecia não enxergar nada. Piscava lentamente, não me respondia. Fiz exames
imediatamente. Percebi suas mãos e pés inchados. (S-N) me disse que ela havia
vomitado a noite toda. Sua pressão estava bem baixa.
Eu não
consegui evitar uma dor gigantesca ao vê-la daquela forma, e mais: ver (S-N)
desesperada. Cath acabou desmaiando por causa da pressão baixíssima e (S-N)
entrou em pânico, até que eu conseguisse acalma-la. Ao ver o resultado dos
exames, concluí:
- Ela teve
uma infecção urinária. Não é muito grave se conseguirmos controlar. Vou pedir
que ela seja internada e passe a noite com o soro para que tenha energia
novamente.
(S-N) apenas
concordou, seus olhos estavam inchados e vermelhos, e eu fiquei realmente
magoado com a situação. Segurei suas mãos entre as minhas e disse que ela
ficaria bem.
- Sabe... Vá
descansar, eu ficarei com Catherine a noite toda. Você não tem condições de
continuar aqui.
- E deixar
minha filha sozinha? Nem pensar, eu não consigo. – Reclamou. Suspirei alto,
escolhendo as palavras certas para dizer-lhe que eu era o pai de Catherine, e
mesmo que não me importasse tanto, não a deixaria sozinha.
- Eu vou
ficar com ela, enquanto ela não acordar não há nada que você possa fazer.
- Eu sei,
mas... Eu estaria abandonando ela. Que tipo de ser humano abandona a própria
filha? – Me perguntou totalmente inocente, parando para pensar no que havia
dito somente depois. Soltou suas mãos das minhas.
Seu
comentário me atingiu como um soco no estômago. Que tipo de ser humano eu era?
Vendo (S-N) vulnerável como estava, percebi a garota por quem eu fora
apaixonado. Eu a achava linda chorando. Era natural, espontâneo. Mostrava que
por detrás daquela força assustadora que ela transmite, ela é só mais uma
garotinha assustada que precisa de proteção. Inconscientemente pensei que eu
não reclamaria em poder dar a proteção que ela merecia.
Depois de
alguns minutos de conversa, finalmente a convenci a ir para casa descansar e
prometi que assim que Cath acordasse a ligaria. Me dirigi para o quarto de
Catherine, e me sentei na beirada da cama, ajeitando os fios de seu cabelo que
insistiam em ficar nos seus olhos.
- Você me
deu um baita susto, não faça mais isso. – Suspirei antes de dizer. – Acho que
agora entendo como meu pai se sentia quando me via chegar em casa bêbado. – Ri.
– É a mesma preocupação. Acho que às vezes meu lado ‘protetor paterno’
realmente ganha vida. – Passei a mão por seu cabelo mais uma vez. – Mas não tem
como me segurar, você é linda demais. Até assim, tão pálida que parece um
vampiro.
Olhei para a
janela aberta antes de puxar o cobertor branco para mais perto de seu rosto.
- Você me
deixa agir como pai somente por essa noite e promete não contar pra ninguém?
Sorri
sabendo que ela não responderia.
- Eu posso
te contar uma história se quiser. – Me levantei indo até o armário e pegando um
livro. – Eu adoro essa... Sei que você está meio velha para contos de fadas,
mas eu não tive a oportunidade. Se você preferir vampiros e lobos, eu
entenderei. Mas me deixe ler ‘A pequena sereia’ só hoje, tá?
E assim
comecei a ler o livro para ela, mesmo sabendo que ela não ouviria. Era
simplesmente incrível estar tendo um momento como pai de Cath, eu não queria me
acostumar com a sensação mas com certeza poderia senti-la mais vezes.
Algum tempo
depois a história acabou, desci o livro da frente dos meus olhos e vi duas íris
castanhas me encarando curiosas e um tanto... felizes.
- Eu sei
quem você é. – ela disse. Senti meu coração disparar, antes de pergunta-la
sobre o que ela estava falando, ela se moveu um pouco e tirou um papel do bolso
da calça. Era uma foto. – É o primeiro namorado da mamãe. Ela sempre negou e
disse que vocês eram amigos... Mas a vovó me contou.
Sua voz
estava fraquinha, em si, ela estava bem fraca. Peguei a foto com a minha mão e
não pude deixar de abrir um sorriso largo.
- E eu adoro
a pequena sereia. – Completou, fazendo meu sorriso se alargar. – Você não gosta
mais de mim?
- Claro que
não Cath, eu adoro você. E fiquei muito orgulhoso com o seu nove. Você é muito inteligente,
só precisa acreditar mais no seu potencial.
- Por que
não me respondeu?
- E-eu... Eu
não tive tempo. – encerrei o assunto.
- Está
doendo.
- Onde? – Me
aproximei imediatamente. Ela levou a mão sem as agulhas até um pouco abaixo de
sua barriga, na região de sua bexiga. – Dói quando você faz xixi?
- Eu não vou
responder isso, é muito pessoal!
- Querida, é
um exame... – Perguntei, convencendo-a a me responder. – Vou apertar aqui e
você me diz se dói ou não, tá?
Ergui seu
casaco e abaixei um pouco sua calça, e assisti o exato momento em que suas
bochechas coraram. Não evitei sorrir. Comecei a apertar a região de sua bexiga.
Cath fez uma careta, dizendo que doía um pouco. A prometi que iria passar com
alguns remédios.
Lembrei-me
de ligar para (S-N), que imediatamente foi até o hospital, e chegou exatamente
quando Cath disse que estava morrendo de sono, e iria dormir porque eram três
horas da manhã e criança nenhuma fica acordada nesse horário.
- Ela vai
ficar bem? – Perguntou-me (S-N).
- Sim, ela
ficará. Mas você deve ensina-la alguns novos modos higiênicos. O órgão sexual
feminino é extremamente sensível então vamos alterar algumas coisas, e passar
alguns remédios especiais na região para evitar novas infecções. – Alertei-a,
em seguida peguei um molde clínico de um órgão sexual feminino e mostrei como
ela deveria prevenir Catherine. Mas (S-N) começou a rir enquanto eu passava
minha mão na vagina artificial tentando explica-la como fazer um banho Maria.
- Desculpa,
desculpa. Eu não vou mais rir. – Disse em meio a risadas. Não me contive e
comecei a rir também. – Sabe, esse molde deve ser muito útil em dias ruins.
- Eu nunca
pensei nisso, mas agora que você disse... – Brinquei.
Passamos a
noite toda acordados, pela primeira vez em muito tempo conversando como dois
adultos que erámos. Sem brigas ou ofensas. Mas eu sentia como se devesse algo.
Catherine
havia voltado a dormir enquanto (S-N) e eu sentamo-nos no sofá de couro do
quarto.
- Eu te devo
desculpas. – Comecei, sem pensar bem no que dizer. - Jamais deveria ter dito
que Catherine foi um erro. Porque ela é a garotinha mais incrível que eu já
conheci. Também não deveria ter te abordado daquele jeito. Eu sinto muito, de
verdade.
- Tudo bem.
– Respondeu não muito contente com o novo assunto.
Catherine
pode sair do hospital no dia seguinte, recomendei à (S-N) que a fizesse beber
muita água e tivesse cuidado com certos alimentos. O que deixou Cath aborrecida
por saber que não deveria comer hambúrguer todo fim de semana.
Dias depois
recebi uma mensagem de (S-N) que dizia que Catherine estava com saudade de mim,
me perguntando se eu gostaria de jantar com elas, já que elas iriam oferecer um
jantar para algumas pessoas do hospital.
Arrumei-me o
mais simples e aquecido possível para o tal jantar, eu estava ansioso por ter
uma nova chance de acertar com elas. Não queria voltar e fingir ser algo que eu
não sou. Mas realmente queria estar próximo da minha filha. Passei tanto tempo
tentando mostrar à todos que eu era um homem extremamente responsável que não
pensei no quão imaturo estava sendo renegando Catherine.
Apertei a
campainha consciente de estar alguns minutos adiantado do horário marcado no
relógio, mas foi um pedido de Cath. (S-N) abriu a porta um pouco desesperada, e
eu deixei meus queixo cair ao vê-la usando um vestido completamente atraente,
com o cabelo solto (que era muito raro ver ela de cabelo solto no hospital), e
pouca maquiagem.
- Você
está... Absolutamente linda. – Respondi, entregando-a as rosas que eu havia
comprado para me redimir de tudo.
- Obrigada.
– Respondeu sem graça, pegando as rosas e me dando passagem para entrar. -
Fique à vontade, desculpe por Cath lhe pedir para chegar mais cedo,
aparentemente ela gosta muito de você. Você quer beber alguma coisa? – Me
perguntou indo para a cozinha.
Demorei
alguns segundo para ir atrás dela e responde-la, porque 1) O bumbum dela estava
lindo naquele vestido de renda e 2) ‘Aparentemente ela gosta muito de você’.
- Eu gosto
muito dela. – Respondi, vendo-a se abaixar para pegar uma garrafa de vinho.
Mordi meu lábio ao vê-la daquela forma. Ela não parece tão maravilhosa assim
vestida com um jaleco. – Eu faço isso. – Me aproximei dela, por trás, deixando
que meu hálito batesse em sua nuca, o que a fez arrepiar e se virar para mim.
Abri a garrafa de vinho, me servindo um pouco.
– À Cath. – Ofereci um brinde. (S-N) me correspondeu prontamente.
Logo
Catherine desceu as escadas com um vestido nude cheio de brilhos na parte de
cima, e um pouco rodado. Sorri com a garota linda de todas as formas. Ela me
puxou para o corredor, a fim de me mostrar o apartamento, que não era tão
grande, mas confortável.
- E esse é o
meu quarto. – Disse quando entramos em cômodo com tons claros e uma cama branca
de ferro, com algumas decorações em flores que estavam presas aos ferros. Era
um quarto bem feminino.
Catherine
ficou empolgada e começou a me mostrar todos os seus livros e dvd’s e eu não
escondo que morri de ciúmes quando a ouvi falar do tal Ed Sheeran.
- Mas a
mamãe não me deixa colar pôsteres na parede.
- Ela está
certa, esse tal Ed é feio e o seu quarto é bonito demais para ele.
- Ele não é
feio Liam, até a mamãe acha ele bonito.
- Você e sua
mãe estão erradas.
- Você está
com ciúmes. – Ela riu.
- Talvez
esteja. – sussurrei.
Logo o
apartamento já estava com algumas pessoas, (S-N) comentara que não convidara
muitas pessoas, somente eu, Lea, Danny e uma cota de quatro enfermeiros ou
médicos que eu nunca dei muita importância.
Comemos um
delicioso assado que ela preparou. Cath estava amiga de todo mundo, e eu não podia
me sentir mais orgulhoso da minha garota.
Danny
sentou-se ao meu lado no sofá, com uma garrafa de cerveja em mãos.
- Vocês
parecem se dar bem, e você... Arrependido.
- Percebi o
covarde que estava sendo. Eu gosto de (S-N), ela é uma mãe incrível. Gosto mais
ainda de Catherine.
- É
impossível não gostar delas.
- Sabe às
vezes eu penso... E-eu quero me reaproximar de (S-N), quero ter mais contato
com Catherine, gostaria que ela soubesse a verdade, mas sei que está cedo
demais.
- Você está
mudando. Isso é bom.
Eu sabia que
Danny tinha uma espécie de amor platônico por (S-N) e era justamente por isso
que eu estava lhe dizendo tais coisas. Para mostrar-lhe que ela era minha. E
que agora, mais que nunca, eu realmente queria tê-la de volta.
Todos os
convidados foram embora e eu ainda estava no quarto com Cath já de camisola e
deitada, apenas lendo uma história para ela. Depois de me dar um beijo no
rosto, ela se virou e dormiu, e antes de sair eu apaguei o abajur do quarto.
(S-N) estava
na cozinha, já sem os saltos e com o cabelo preso todo bagunçado.
- Você
precisa de ajuda?
- Não, eu
contratei uma moça para limpar amanhã. – Sorriu. – Ela dormiu?
- Sim,
dormiu.
- Ela gosta
mesmo de você.
- Eu sei...
Eu tenho que admitir que errei demais com vocês, mas Catherine é incrível, eu
me descubro mais encantado com ela a cada dia que passa. Eu sei que mil
palavras não dizer o quanto eu me arrependo...
- Sou
psicóloga Liam, não preciso de palavras. Eu quase sei o que você está sentindo
só de te observar por alguns segundos. – Sorri. – Por isso não discuti naquele
dia no seu escritório. Simplesmente porque você queria me provocar, mas no
fundo, tinha adorado o dia com Cath.
- Você tem
toda razão, e eu não devia ter feito aquilo. Me desculpa mesmo.
- Tudo
bem...
- Bom eu
acho que vou indo, está tarde. – Ela assentiu, me acompanhado até a porta. –
Obrigada pelo jantar. – Beijei-a no rosto, sentindo a textura macia de sua
pele, e o cheiro de fruta que continha na sua maquiagem, sorri imediatamente.
Dirigi até
meu próprio apartamento, e enquanto me deitava me peguei pensando no quão
bonita ela estava esta noite. Aquela mulher era incrível, tinha um corpo que,
aos meus olhos, era maravilhoso e um rosto lindo. Imaginei-a se vestindo para
dormir e por pouco senti falta do calor que era tê-la por perto. Eu poderia
estar ali com ela, aquecendo-a naquela noite fria. Adentrando minhas mãos pela
sua camisola, que imaginei, era preta e rendada. Sentindo sua pele quente sobre
minha palma. Mordi meu lábio, apertando meus olhos ao sentir que estava
começando a me animar.
Eu estava
andando pelos corredores do hospital quando vi (S-N) abraçada a Danny, mordi
meus lábios imediatamente, sentindo um aperto inexplicável no peito. Quando se
soltaram percebi o rosto inchado de (S-N), com o nariz vermelho. Voltei para o
meu consultório, contando os minutos para poder, finalmente, acabar o meu
expediente.
No meio de
uma consulta recebi uma mensagem que só pode olhar muitos minutos depois. Era
de Catherine.
“Podemos
tomar sorvete? Eu não quero ficar sozinha xX”
Estranhei
seu pedido ao mesmo tempo em que ele me fez sorrir, há meses ela queria sair
comigo, então por que não?
Respondi sua
mensagem dizendo que às seis horas eu passaria para vê-la. E claro, falei com
(S-N) antes. Ela não me contou nada, e não quis muito falar comigo já que ainda
estava nos braços de Daniel, apenas disse que eu poderia sair com Cath.
Quando parei
em frente ao prédio das duas, Catherine já estava na portaria, com uma calça
jeans escura e um casaco grosso. Ela entrou no carro sem esperar nenhum tipo de
autorização.
- Olha está
frio pra caramba, não acho que sorvete seja aconselhável, mas podemos tomar um
chocolate quente se quiser.
- Tanto faz,
só preciso sair daqui.
- O que
houve? – Encarei-a vendo que ela estava no mesmo estado que a mãe.
- Podemos
falar sobre isso depois?
- Claro.
Paramos em
uma sorveteria e pedimos chocolates quentes, eu estava curioso para saber o que
estava acontecendo entre as duas, mas sempre que tocava no assunto Catherine
mudava.
Somente
cheguei ao ponto quando voltamos ao carro ela me pediu para darmos uma volta
pela cidade, que ficava muito bonita no outono.
(Coloque
para tocar)
Ei garotinha.
Talvez você não conheça essa música.
Esse não é o tipo de música que dá
pra cantar juntos
Mas, ei garotinha
‘Talvez um dia’
É isso o que dizem as boas pessoas
- Não me
deixaram entrar no time de futebol na escola porque todo mundo nele tem pai. E
eu não. – Ela começou com a voz embargada, quase me fazendo frear o carro. –
Disseram que eu sou diferente.
Ei garotinha, olhe o que você fez
Roubou meu coração
E tomou posse dele.
Ei garotinha.
‘Preto e branco’ ‘Certo e Errado’
Só vivem dentro de uma canção
Que eu cantarei para você
Não precisa se sentir sozinha
Não precisará derramar uma lágrima sequer.
- Eu
discordei, eu disse que tinha um pai mas ele estava muito longe agora... –
Começou a fazer rabiscos no vidro embaçado, enquanto eu sentia meu estômago
embrulhar. – Mas eles não aceitaram
Como posso olha-la nos olhos
E contar-lhe tamanhas mentiras?
- Eu disse
que tinha o tio Danny, que era como uma pai. – Olhei para ela, ela não o
considerava realmente como um pai, não era possível. – Mas disseram que ‘tios’
nunca serão ‘pais’.
O melhor que eu posso fazer é tentar
lhe mostrar como amar sem medo
Minha garotinha.
Você roubou o meu coração
E o fez seu.
- Eu pedi
para a mamãe me buscar na escola, e quando chegamos em casa eu pedi para que
ela me contasse do meu pai. Mas ela não quis e disse que eu não tinha o direito
de perguntar dele, ou de sentir falta dele quando foi ela que sempre cuidou de
mim, que sempre fez tudo por mim. – Ela suspirou. – Estou errada em querer
saber do meu pai? Isso não significa que eu não ame ela. Eu só quero saber quem
ele é... Eu queria falar com ele. Se ele não gostar de mim eu nunca mais volto
atrás dele, eu só queria...
Ei, garotinha.
Olhe o que você fez.
Roubou meu coração
E o fez seu.
- Talvez o
seu pai não mereça uma filha maravilhosa como você. – Respondi.
(N/A): Com raiva do Liam? Essa foi a minha intenção! Espero que gostem, a continuação sai em breve.
Continua.
ResponderExcluirTa meis q perfeito, ta maravilhoso.
To muito curiosa.
Não Demore.
Beijos e abraços.
Xau
De:Gisele M. ��
Continua logo por favor, se não vou ficar com raiva de você e não do Liam! Sobre o imagine ficou muito perfeito! AMEI DE VERDADE , CONTINUA LOGO POR FAVOR ! ♡
ResponderExcluir-Leti
Ai caramba, quando eu entrei no seu Tumblr e vi sobre o imagine, só faltou quebrar o celular por causa da demora para carregar. Ficou PERFEITO <3 eu amei e posta logo.
ResponderExcluirNossa meu coração ficou apertadinho com esse capítulo! Amei demais! Siim fiquei com raiva desse Liam que parece meio vilão hahah continua logo por favorr :) bjss linda
ResponderExcluirIsa xx
Por favor, continue o mais rapido possivel. Ainda não identifiquei se estou com raiva ou emocionada com o jeito que ele descreve elas.
ResponderExcluirOi!! Eu to adorando a historia;mas eu to com uma coisa na cabeça: antes da (S/N) odiar o Liam, nao era ele que deveria ter raiva , afinal foi ela que escondeu a filha. Eu gosto da historia, mas nao achei totalmente certo ela ficar com raiva no começo sendo que ela q escondeu, ele tinha o direito de ficar confuso no começo. Essa é a minha opiniao, mas to adorando a historia, continue assim!! xoxo Luana
ResponderExcluirTa mas e o que ele disse que a Catherine "era um erro" ? Bah eu ficaria com raiva que nem a seu nome ! Sorry Liam love you ♡
ExcluirContinua ,tá muito lindo <3
ResponderExcluir-ver
nossa cara, eu amo seu imaginr continua
ResponderExcluirMUITO BOOOOM !!!! PERFEITO CARA , CONTINUA LOGO POR FAVOR <3
ResponderExcluirAi mds continue logo pf :3 Amei o capítulo <3 ficou perfeito.
ResponderExcluirOi tudo bem? Vc poderia continuar o imagine do harry especial que ela é cantora, nunca foi continuado, ah , e outra coisa. Vc tem tumblr. ?
ResponderExcluirQuando vc vai postar o outro capítulo eu necessito dele sério
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirContinuaaaaa pfv e avisa
ResponderExcluirAi meu deus!!
ResponderExcluirContinuaaaaaaa
Mdss que perfeitooo!!!
ResponderExcluirLeitora nova aqui*
Continuuuuaaaa to amandoo!!
Peeeeeeeerfeeeeeeectttttrtrrrr
ResponderExcluirCaara como eu fui ler só agora esse imagine?? Mds eu acompanho tudo pelo grupo do face e deixei passar esse literalmente. Sorte que vim reler TME kkkkk Socorro, preciso da continuação Jami!! ahuwhauwe
ResponderExcluirxx J.M
posta logo por favor
ResponderExcluircontinuaaaaaaa
ResponderExcluirContinua por favor pq demora continua estou muito curiosa
ResponderExcluirContinua por favor tá muito bom
ResponderExcluirContinua por favor tá muito bom
ResponderExcluircontinua por favorrrrrrrrrrrrrr
ResponderExcluiramoooor continua pls
ResponderExcluirVc poderia continuar né amanhã é meu niver vai plis
ResponderExcluirsimplesmente Perfeiita, quando continuar me avisa no twitter por favor? @psiu_viic obg xX Viic
ResponderExcluirTô morrendo aquiê... Cara eu li esse imagine a 1ª vez em agosto, venho lendo de duas em duas semanas e você não posta �� Você tá me matando, continua... Por favor ��
ResponderExcluirMds , peço, ou melhor imploro que vc termine logo , pois daqui a uma semana irei viajar para Tokio e ficara muito ruim , pliiisssss continue ������
ResponderExcluir#brubs
aaah sim.....continua logo??tem ctz??ta demorando demais viu!!!eu quero ler o resto..to anciosa!
ResponderExcluircontinua ai cara to morrendo de ansiosidade
ResponderExcluirplys
Sabe oq é triste ? É qe eu espero a continuaçao desse imagine a meses eu li no fia em qe vc postou na pagina e todos os dias entro pra ve se vc atualizou mais nao! Vc posto dia 5 de dezembro qe voktaria a posta e ate agr nada intendo qe vc possa nao ter mais criatividade msis nao crie espectativa para os leitores espero qe um dia vc volte a postar
ResponderExcluirUm grande bjo de sua leitora preferida
EU TBM , eu leio desde que postou , cara essa é a melhor fic , cara eu amo essa escritora , ta de parabéns , essa fic fode muito pqp
Excluirxoxo: Bia
Poha cadê a continuação ???? Esse imagine ficou muito bom e vc não posta o resto !!! • posta PELO AMOR DE DEUS !!!!!!
ResponderExcluirCaaaadeeee a coooontiiinuaaaçaaaaaaoooooo ?? Eu necessitoooo delaaa !!
ResponderExcluirContinuaaaaaaaaaaaa por favorrrrrrrrr ele é muito perfeito par não ter continuação .
ResponderExcluirGente eu vivo sou esse imagine meu sonho e que ele continue , autora volta a fazer ele por favoor
ResponderExcluirXx Gaby Ervilha
Esperanto ate hoje pela continuação, posta logo plssss
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