Escrito por: J.M
inspirado na Fanfic : Ópera.
Introdução: O que é ser um médico legista?
O
médico legista é o profissional que trabalha com a medicina legal, aplicando
conceitos técnicos-científicos da medicina à causas legais e jurídicas. O
médico legista é responsável por fazer o exame de corpo de delito em vítimas
vivas ou mortas, relacionando-se com os mais diversos campos do direito, e
elaborando laudos que permitam a análise de fatos ocorridos durante o crime, de
armas utilizadas, da causa da morte, etc. Esse laudo do médico legista auxilia
na investigação de cada caso, podendo até fornecer características do
criminoso, como também de ser imprescindível na resolução de casos judiciais,
consubstanciando os inquéritos e ações penais. As conseqüências dos ferimentos
também são levadas em conta no laudo e no resultado da ação criminal.
Ela estava lá, no fim de tudo, estava mais bonita do que
costumava ser, usava um vestido rodado rosa bebê, e seu sorriso parecia mais
radiante do que nunca. Já eu, me sentia leve, leve mas algo ainda atormentava
meu coração, parecia haver um peso sobre ele.
E assim que me aproximei de minha Valerie, ela estendeu a mão para tocar
a minha, foi a primeira vez que a toquei de novo desde o que aconteceu, mas
assim que o contato das nossas mãos foi sentido, tudo o que era branco ficou
preto, e novamente Val estava caída no chão com o rosto ensanguentado, o furo
em seu peito era desesperador. Valerie, não estava mais lá.
Acordei em um pulo,
minhas mãos suavam, e apesar do frio que o ar condicionado proporcionava eu
senti um calor tremendo. Foi só outro pesadelo, Valerie não estava mais lá, e
nunca mais estaria.
Me lembro exatamente como ela era, minhas fãs a adoravam,
não tinha como não adorar, ela era perfeita. As vezes agia estranhamente, mas
nada que tirasse sua impressão angelical. Valerie havia sido assassinada,
cruelmente, por qualquer psicopata pervertido. Não havia muito tempo que o
crime havia acontecido, e tudo o que suspeitávamos era de uma possível agressão
sexual seguida de morte, o que só me faz odiar ainda mais quem fez isso com o
meu pequeno anjo.
(S/N) POV.
Outro dia de trabalho, outro dia cansativo.
- (S/N), acorde, precisamos trabalhar hoje.- Kate me chamava
e me empurrava brutalmente.
Resmunguei qualquer coisa sem sentido que fez Kate rir.
Acabei me levantando e seguindo até a minha suíte. Fiz minha higiene matinal e
tomei um belo de um banho. Me enrolei em minha toalha e vesti uma blusa de
alça, uma calça justa e uma sapatilha. Todos brancos!.
Dei uma última olhada em mim, e sorri ao lembrar da mensagem
que o meu professor de anatomia disse no primeiro ano da faculdade. “ Eu sei
que vocês estão mais ansiosos para saírem por ai vestidos de branco do que
trabalhar como médicos em si”. Definitivamente, sair por ai de branco e ser reconhecida como médica onde quer que
você esteja é bem legal, o problema é que se alguma pessoa passar mal vai
sobrar pra quem cuidar dela no meio da rua? Isso, você acertou !. Diferente de
Kate, eu segui o rumo do crime, sou médica legista, isso quer dizer que eu
tenho o grande poder de mandar alguém pra cadeia !
Além disso, faço parte de investigações de grandes casos,
digamos que eu sou uma espécie de detetive também, mas só quando os casos
envolvem mortes.
Saí de casa apressada e me dirigi ao hospital onde trabalhava
com Kate, ela era pediatra.
Não demoramos muito a chegar, e além de ser muito legal sair
de branco, é legal chegar no hospital e ser cumprimentado pelos pacientes, que
o respeitam.
Me despedi de Kate, e me dirigi á minha sala, que pra ser
sincera mais parecia um laboratório de experiências, ele ficava no andar mais
alto, assim os pacientes internados não tinham acesso á ele. Serio, seria
chocante pra qualquer pessoa normal ver o que eu vejo todos os dias.
- Doutora (S/S) ? – Emma, outra médica legista que
trabalhava em outro departamento entrou em minha sala, enquanto eu me
preparava. - tenho um presentinho pra
você ! – Ela deixou sobre á minha mesa os papéis, outro caso de homicídio.
- O detetive Simpson vem falar com você
em minutos, e se posso te dar um conselho, leia o documento antes. – Assenti, e
ela saiu me jogando um beijo.
Me sentei em minha mesa, e peguei á pasta bege em cima da
minha mesa. Ela continha uma foto de uma garota, muito bonita por sinal. Seu
nome era Valerie Moss, e ela tinha apenas 17 anos! APENAS 17 ANOS !
Por mais acostumada que eu estou com mortes, assassinatos e
qualquer coisa do tipo, ainda é difícil imaginar que alguém tenha coragem o
suficiente para matar uma criança de 17 anos, tudo bem que eu só tenho 23 não
sou tão mais velha assim, mas ..
- Doutora? – Senhor Simpson entrou em minha sala com um
sorriso frouxo.
- Sim Sr. Simpson? Pode entrar. – Sorri de volta.
- Pelo que vi já está com os arquivos do caso. – Assenti - muito bem, vou ser rápido pois preciso voltar
e investigar algumas coisas no apartamento dela. – Novamente assenti, prestando
atenção em cada um dos detalhes. – A senhorita Valerie tinha apenas 17 anos,
ela foi encontrada morta em seu apartamento na noite retrasada. Sabe, ela levou
um tiro, os vizinhos ouviram o barulho e chamaram a policia, mas quando ela
chegou Valerie já estava bem debilitada. O caso é intrigante, já passou por
duas delegacias e tudo que encontraram como pista foi uma pegada de bota em
meio ao sangue da vitima. Parece que estou procurando um fantasma.
- Eu nunca vi um fantasma usar uma bota ! – eu disse, era incrível
como casos como esse mudavam o meu humor. Ele assentiu por educação.
- O namorado dela Sr. Harry Styles me contratou na esperança
de que eu achasse algo, mas parece que o assassino tinha tudo planejado, ele
com certeza não é um primário. - Assenti
novamente. – Isso é tudo o que sei, e tem mais, seus exames nela devem ficar
prontos até amanhã, o Sr Styles virá até aqui contar sobre o comportamento de
Valerie. – Concordei o cumprimentando com um aperto de mão. Emma entrou em
minha sala, com o corpo de Valerie coberto.
Assim que fiquei sozinha por completo com o corpo de Valerie
comecei a me preparar, física e psicologicamente. Coloquei minhas luvas e
máscara. Me posicionei em frente á maca toda coberta por um lençol azul claro,
tomei ar, e comecei a retirar o lençol.
Valerie era definitivamente a garota mais linda que eu já
havia visto, ela estava nua, e seu corpo ainda estava coberto de sangue. “ A
única suspeita que temos é uma possível agressão sexual”, me lembrei das
palavras do Sr. Simpson, e soube exatamente por onde começar. Liguei a luz e a
posicionei em cima da intimidade de Valerie.
- Me desculpe por isso querida. – Sussurrei, respirando
fundo.
Comecei tateando sua intimidade em busca de qualquer coisa
que demonstrasse uma espécie de agressão física ali. Alguma parte roxa,
sangramento interno, alguma parte inchada. Tateando não havia nada, então
apelei para o Raio X.
Suspirei, olhando o exame pelo computador. – É, parece que
sua única hipótese foi descartada Sr. Simpson. – Valerie não sofreu agressão
sexual.
Fiquei até as três da tarde fazendo exames em Valerie, e
nada! É, nada, além do tiro o assassino não fez mais nada.
- Sr. Simpson? - O
liguei para alerta-lo de que suas investigações estavam indo pelo lado errado.
- Sim doutora? – Ele respondeu calmamente, apesar do Stress
envolvesse nós dois.
- Eu acabei com o exame ,e Valerie não sofreu agressão sexual.
– Suspirei, ouvindo o detetive fazer o mesmo! – O senhor tem o número do
Styles, preciso falar com ele.
Ele assentiu e me passou o número.
- sim? – a voz do garoto era calma, rouca, e pode ser
maldade mas, sexy, muito sexy.
- Sr. Styles? Sou a médica legista que estou cuidando do
caso Valerie. – Sorri, mesmo que ele não visse.
- Oh, sim, e seu nome é? –
- (S/N), ah, senhor Styles, segundo as informações que eu
tenho, Valerie estava consciente quando chegou ao hospital. Você tem alguma
informação, algo que ela tenha dito antes de ah, morrer? – Harry hesitou por um
momento, e logo eu percebi que ele ficava incomodado com o assunto.
- Ela, me disse um nome, era: Josh Gate. – Ele pareceu
esperar uma resposta confortante vinda de mim.
- Muito bem, eu vou investigar, e hã, obrigada. – E antes
que pudesse desligar o ouvi suspirando um “ até amanhã”.
Eu definitivamente sabia de quem era essa nome. Josh Gate.
Peguei a minha bolsa, voltei a cobrir o corpo de Val, e sai do hospital ás
pressas. Pedi para Emma que colocasse Valerie no formol.
Me dirigi até a delegacia que cuidava do caso. Ao chegar lá
o Sr. Tompson, delegado, me recebeu sorridente.
- Preciso falar com Josh Gate. – ele assentiu e me levou até
uma cabine.
Fiquei esperando na cabine fechada por no mínimo cinco
minutos, e quando eu já estava impaciente, dois policiais fortemente armados
entraram na sala, com um sujeito algemado. O sujeito parecia calmo, e
completamente sociável. O sujeito, era um assassino.
- Então Senhor Gate, posso confiar em você, ou vou ter que
pedir uma arma pra poder ficar a sós com você na sala? – ele riu irônico.
- Eu mudei Senhorita, não vou atacar você. – ele disse
confiante, e por um momento eu hesitei, mas acabei pedindo que os policiais nos
deixassem sozinhos, nos vigiando pelo lado de fora, é claro.
- Senhor Gate, eu estou cuidando de um novo caso, e acho que
talvez você pudesse ter algumas informações pra mim. – ele assentiu, em gesto
para que eu continuasse a falar. – Valerie Moss, sabe quem é? – ele riu ironicamente
novamente.
- É uma velha conhecida. – Disse me olhando voltando a ficar
sério.
- Muito bem. – Me encostei na mesa, o encarando e com as
mãos cruzadas na mesa. – Vamos ser diretos, você a matou?
- Não, eu a conhecia, mas não fui eu quem a matou. – Ele hesitou
olhando pro lado, e eu prestava atenção em cada gesto que ele fazia. – talvez
ela tenha merecido a morte.
- Como? Como uma garota inocente de 17 anos mereça a morte. –
Levantei a voz perdendo o auto-controle.
- Talvez ela não seja tão inocente assim. – o olhei curiosa.
– é muito fácil não é? Quem desconfiaria da namorada do famoso Harry Styles.
Mas se todos conhecessem o passado dela. – O olhei mais desconfiada ainda. –
Desde os 15 anos Valerie era garota de programa. - Ele sorriu sarcástico.- E usuária e cocaína.
- Não posso acreditar. – Eu sorri no mesmo tom que ele. É
claro que Val não era uma viciada em drogas.
- Tenho documentos dela na minha antiga casa, ela pediu um
carregamento grande de drogas, eu recebi o pedido, mas a encomenda não era
exatamente pra mim. Era pra Brandon, você já ouviu falar dele doutora. Ela
ficou devendo pra ele, e as coisas acabaram de passar dos limites, ele foi
cobrá-la no apartamento de Harry, mas Harry estava em turnê, ela ficou
desesperada ao ver Brandon e acabou por ameaçar ele. – eu juro que não podia
acreditar naquilo. – E brandon não é do tipo de cara que esquece as coisas.
- Senhor Gate, o crime foi a dois dias átras, e o senhor
está preso á três meses. COMO SABE DISSO? – Levantei minha voz me mantendo
séria.
- Porque Brandon foi preso ontem. – entrei em choque.
- Os documentos que eu tinha que mostrava os endividados
estão aqui nos meus arquivos, se quiser, talvez o delegado lhe deixe ver.
Assenti, e pedi para que chamassem Brandon, totalmente ao
contrário de Gate, Brandon tinha a expressão séria, e assustadora, pedi para
que os policiais permanecem na sala comigo. Brandon confirmou á história, e
sorria orgulhoso pelo feito. Brandon era um psicopata, definitivamente.
Em duas horas eu voltei para a sala do delegado, e pedi para
ver os documentos de Gate, ele consentiu e eu pedi permissão para ficar com o
documento comigo.
Enquanto me dirigia para o carro completamente incrédula,
liguei para Harry o entimando para um encontro em um coffe perto da minha casa.
Ele aceitou, e eu me dirigi para lá.
No caminho, eu não conseguia para de pensar no quanto
impossível era aquilo, e por um momento passou pela minha mente que eu estava
ficando louca. E que o formol estava me fazendo mal.
Depois de cinco minutos esperando sentada em uma mesa
afastada do resto, um garoto alto, de lindos cachos no cabelo entrou. Logo
deduzi que aquele era o famoso Harry Styles, pois metade do coffe o reconheceu.
Ele usava uma calça jeans escura e apertada, uma blusa branca gola V com as
magas um pouco dobradas, uma touca cinza e um óculos Ray ban que o deixavam com
um ar muito sexy. Logo ele me reconheceu, talvez por eu estar toda de branco, e
sorriu frouxe se sentando á minha frente.
Ele estendeu a mão para que eu o cumprimentasse, eu o fiz e
me apresentei, ele assentiu e sorriu.
- Sr Styles, o que eu tenho pra te falar é muito sério. –
Ele tirou os óculos pra me encarar, e eu me senti melhor com aquilo pois eu sei
que eles olhava nos meus olhos, eu já disse como odeio quando alguém não me
olha nos olhos enquanto eu falo?. Ele assentiu como se me pedisse pra
continuar. – Sua única suspeita, era de que ela tinha sido agredida sexualmente
..
Contei toda a história e ele parecia indignado, ele ficou em
silêncio o tempo todo.
- Isso é algum tipo de brincadeira ou o que?. – Ele levantou
a voz, ele parecia realmente bravo o que me fez assustar. – Quem foi que deixou
um pessoa como você trabalhar em assuntos sérios como crimes? – Meus olhos se
arregalaram, ele estava mesmo descontando a raiva em mim?- Essa é a coisa mais ridícula
que eu já escutei. Você acha que eu não perceberia, se a minha namorada não
fosse virgem? Se ela fosse usuária de drogas? Você está sendo ridícula, e
acredite você vai ser demitida, porque eu tenho o suficiente pra exigir que te
tirem do caso de Val, aliás que te tirem daquele hospital.
- Sr. Styles eu não tenho culpa se sua namorada era uma boa
atriz, e tem outra, ela era garota de programa desde os quinze anos, é obvio
que ela não era virgem.
Raiva, foi tudo o que eu vi nos olhos verdes de Harry.
- Quer saber o que eu acho? Que você é a prostituta aqui,
que precisa de dinheiro pra sustentar essa mediocridade que você chama de vida.
– Arregalei os meus olhos, e velho eu sou sensível á palavras, meus olhos se
enxeram de lágrimas, e por um momento Harry me encarou vendo algumas lágrimas caírem.
- Então toma. – Quem levantou a voz fui eu. – Leva essa
porcaria de documento pra sua casa, lê ele e mostra pra “alguém que entenda de
crimes” , e tem mais uma coisa, eu me retiro do seu caso, vá buscar o corpo da
sua namorada na minha sala, e saia de lá antes que eu chegue amanhã. – e o
deixei sozinho, que me olhava ainda sem acreditar que eu realmente tinha
lágrimas nos olhos.
No dia seguinte ...
- Bryan, eu ainda não sei ok? – Eu sorri, as palavras do Sr.
Styles ontem ainda me afetavam. Bryan era o meu, hã.. peguete, digamos, ele
havia acabado de jogar uma indireta dizendo que devíamos aprofundar as coisas.
Só que antes que ele pudesse responder, eu ouvi a campainha tocar.
- Sim? – disse ao abrir, e logo ao encarar aqueles globos
verdes, arrependidos, eu suspirei, apesar da vontade de manda-lo cair fora da
minha casa, talvez ele precisasse de mim.
- Eu. .. –ele hesitou olhando para as próprias mãos. – Vim me
desculpar, eu acabei indo na delegacia e conversei com o tal Brandon. Além de
ter mandado o documento para o Sr.
Simpson, ele disse que Brandon já estava preso, e tudo o que podíamos fazer
agora era acrescentar a morte de Val na ficha dele. - Eu assenti – Então, desculpa, eu fui rude com
você.
Antes que eu pudesse responder, Bryan surgiu me abraçando pela
cintura, apenas com uma calça moletom, Harry o analisou de cima a baixo.
- Algum problema amigo? – Bryan disse com sua mania de se
achar superior á todos.
- Bryan, eu estou conversando com licença. – Eu disse sem
paciência nenhuma.
- Não, tudo bem, eu já estava indo mesmo. - Harry disse se virando em direção ao seu
lindo audi r8.
Fechei a porta e suspirei.
- Que coisa ridícula foi essa Bryan? – Eu disse com as mãos
na cintura, suspirando.
- A que isso amor, eu já disse que você fica linda irritada.
– Ele disse me abraçando pela cintura.
- Bryan olha.. – Ele se jogou no sofá mudando de assunto.
- Quem era ele? – ele disse olhando para a Tv.